terça-feira, 1 de abril de 2014

Objetivo

O Blog tem como principal finalidade sociabilizar informações sobre patologias dos tecidos ósseo, cartilaginoso e tecido conjuntivo propriamente dito. Esse Blog serve como avaliação parcial da disciplina de Histologia, aplicada pelo professor Dr Iolando B. Fagundes do 1º Semestre do Curso de Odontologia (vespertino), realizado pelos componentes Amanda Carolyne, Anita Francielle Lacerda, Bárbara Lisboa, Maria Gabriela, Rogério Celino, Rodrigo Miranda e Thais Marques, alunos da Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR).

Introdução

Neste trabalho, veremos patologias que envolvem os tecidos ósseo, cartilaginoso e tecido conjuntivo propriamente dito, como já foi citado anteriormente. Mais concretamente, começaremos falando um pouco sobre os tecidos, descrevendo suas funções, como são classificados, as células que os compõem e posteriormente nos aprofundaremos em possíveis patologias que podem envolver tais tecidos. Abordaremos as causas, seus sintomas, como é feito o diagnóstico e os possíveis tratamentos. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, enriquecida com algumas entrevistas.

Tecido Ósseo

É altamente rígido e resistente, suas funções estão relacionadas à sustentação e proteção de órgãos vitais do organismo. Proporciona apoio aos músculos esqueléticos, traduzindo suas contrações em movimentos, além de ser um depósito de cálcio, fosfato e mais alguns íons, liberando-os no organismo de forma controlada.





As células que compõem o tecido ósseo são:

  • Osteócitos: ficam localizados em cavidades na matriz óssea, chamadas de lacunas, sendo que cada uma abriga apenas um osteócito.
  • Osteoblasto: estas células produzem a parte orgânica da matriz óssea. Possuem a capacidade de armazenar fosfato de cálcio, participando na mineralização da matriz.
  • Osteoclasto: são células gigantes, móveis, muito ramificadas, contendo inúmeros núcleos, com citoplasma granuloso, certas vezes com vacúolos, pouco basófilos nas células jovens e acidófilos nas células mais velhas.


Tecido ósseo compacto: não possui espaço medular, mas possui canais que abrigam nervos e vasos sanguíneos, conhecidos como canais de Volkmann e canais de Havers.
Tecido ósseo esponjoso: Apresenta amplos espaços medulares, formados por diversas trabéculas, conferindo ao osso, um aspecto poroso, abrigando a medula óssea.


Tecido Cartilaginoso


É uma espécie de tecido conjuntivo  que possui consistência rígida. Sua função é a de sustentação dos tecidos moles, revestir superfícies de articulações, minimizando os choques nestas, além de auxiliar no deslizamento dos ossos e das articulações. Não possui vasos sanguíneos, linfáticos e nem nervos. É nutrido pelo pericôdrio ou pelo líquido sinovial das articulações.
 


Existem três tipos de cartilagem:
  • Cartilagem hialina: é a mais comum no organismo e sua matriz possui fibrilas delicadas de colágenos tipo II. É responsável por formar o primeiro esqueleto do embrião, presente entre a diáfise e a epífise de ossos longos, sendo responsável pelo crescimento do osso em extensão.
  • Cartilagem elástica: possui escassas fibrilas de colágeno tipo II e um grande número de fibras elásticas. É encontrada no pavilhão auditivo, no conduto auditivo externo, na trompa de Eustáquio, na epiglote e na cartilagem cuneiforme da laringe.
  • Cartilagem fibrosa: possui matriz formada por fibras de colágeno tipo II. Este tipo de cartilagem é encontrada nos discos intervertebrais, nos pontos de inserção de alguns tendões e ligamentos e na sínfise pubiana.

Tecido Conjuntivo Propriamente Dito


O tecido conjuntivo propriamente dito é, dos tecidos conjuntivos, o menos diferenciado e mais genérico, preenchendo todos os espaços entre os restantes tecidos, logo presente em todos os órgãos, e abaixo da derme, estabelecendo a ligação entre todos. Permite igualmente o transporte de metabólitos e participa na defesa do organismo. É constituído por vários tipos de células que encontram-se imersas em uma substância intercelular, designada como matriz extracelular.

O tecido conjuntivo propriamente dito pode ser classificado em:

  • Tecido conjuntivo frouxoO tecido conjuntivo, ou tecido areolar, é formado por fibroblastos e uma matriz extracelular gelatinosa. Os fibroblastos são células estreladas grandes que secretam colágeno e fibras elásticas para o espeaçõ entre as célular. O tecido conjuntivo frouxo é macio e envolve, protege e funciona como um coxim de amortecimento para diversos órgãos. Ele também atua como um “tecido-cola”, pois ele é o responsável por manter os órgãos em suas posições. O tecido conjuntivo frouxo é o tipo de tecido conjuntivo mais amplamente distribuido pelo coprpo. Uma camada desse tecido está presentes sob as membranas mucosas, revestindo a sua superfície interna.
  • Tecido Conjuntivo Denso:  O tecido conjuntivo denso é formado por fibroblastos e matriz extracelular que contém fibras colágenas e elásticas, sendo o seu principal componente as fibras colágenas. Os fibroblastos secretam as fibras para a matriz extracelular, que formam estruturas de suporte resistentes, como tendões, os ligamentos, as cápsulas e a fáscia.
  • Tecido Adiposo: O tecido adiposo, ou gorduroso, é um tipo de tecido conjuntivo no qual os fibroblastos aumentam de tamanho e armazenam gordura. O tecido adiposo forma a camada que reveste internamente a pele, conhecida como camada subcutânea. Em virtude de sua localização, o tecido adiposo pode isolar o organismo das temperaturas estremas do meio externo. Por exemplo, em um ambiente frio, o tecido adiposo previne a perda de calor do corpo.  

Osteomalácia

O que é?

A osteomalácia é uma doença óssea caracterizada por ossos frágeis e quebradiços que nos adultos pode anteceder ou ser confundida com a osteoporose, e que na criança pode causar uma doença chamada raquitismo.



O que causa?

A osteomalácia deriva da deficiência de vitamina D, da deficiente ingestão de cálcio e por exposição insuficiente à luz solar (os raios ultravioletas ajudam a sintetizar a vitaminaD). A vitamina D promove o aproveitamento do cálcio e na ausência dela o cálcio da dieta não é absorvido adequadamente pelos intestinos.
A osteomalácia também pode ser consequente a hepatopatias crônicas, insuficiência renal, câncer, acidose ou uso prolongado de anticonvulsivantes. Também pode ocorrer perda de fósforo, de natureza congênita ou por lesão renal. Por isso, é mais comum que os déficits de vitamina D ocorram em pessoas que se expõem pouco ao sol, precisam ficar em ambientes fechados, têm intolerância à glicose, não bebem leite e não usam derivados dele ou seguem uma dieta vegetariana.

Sintomas

Os principais sinais e sintomas da osteomalácia são: dores ósseas e fraqueza muscular. Se o nível de cálcio sanguíneo estiver muito baixo, pode haver sensação de dormência ao redor dos lábios, nos braços ou nas pernas e tetania (espasmos musculares) nas mãos, pés e garganta. Os ossos podem sofrer fraturas ante um traumatismo mínimo.


Tratamento
Para o tratamento da osteomalácia recomenda-se tratar a sua causa, e isto pode ser alcançado através da:
  • Suplementação de cálcio, fósforo e/ou vitamina D;
  • Alimentação rica em cálcio e em vitamina D e E;
  • Exposição solar de 15 minutos diários no início da manhã, sem protetor solar.
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Caso a osteomalácia seja causada pela síndrome da má absorção intestinal deve-se tratar esta doença também e em alguns casos com a realização de uma cirurgia para fazer a correção das deformidades ósseas.


Osteoporose

O que é?
 
Osteoporose é a doença óssea metabólica mais freqüente, sendo a fratura a sua manifestação clínica. É definida patologicamente como "diminuição absoluta da quantidade de osso e desestruturação da sua microarquitetura levando a um estado de fragilidade em que podem ocorrer fraturas após traumas mínimos". É considerada um grave problema de saúde pública, sendo uma das mais importantes doenças associadas com o envelhecimento.

 
 
O que causa?
 
As principais causas da osteoporose são uma queda no estrogênio em mulheres na época da menopausa e uma queda na testosterona nos homens. Mulheres com mais de 50 anos e homens com mais de 70 anos têm risco maior de osteoporose.


 
Outras causas incluem:
  • Estar confinado a uma cama
  • Artrite reumatoide crônica, doença renal crônica, distúrbios alimentares
  • Tomar medicamentos corticoides todos os dias por mais de três meses ou tomar alguns anticonvulsivos
  • Hiperparatireoidismo 


Sintomas
 
Não existem sintomas nos estágios iniciais da doença. Os sintomas que surgem com o avanço da doença são: 
  • Dor ou sensibilidade óssea
  • Fraturas com pouco ou nenhum trauma 
  • Perda de estatura (por volta de 15 cm) com o passar do tempo
  • Dor na região lombar devido a fraturas dos ossos da coluna vertebral
  • Dor no pescoço devido a fraturas dos ossos da coluna vertebral
  • Postura encurvada ou cifose, também chamada de "corcunda de viúva"  

Tratamento

Os objetivos do tratamento contra osteoporose são:
 
  • Controlar a dor decorrente da doença
  • Retardar ou interromper a perda óssea
  • Prevenir fraturas ósseas com medicamentos que fortaleçam os ossos
  • Minimizar o risco de quedas que possam causar fraturas

Existem vários tratamentos diferentes para osteoporose, inclusive mudanças no estilo de vida e uma variedade de medicamentos.

 
Medicamentos são usados para fortalecer os ossos quando:
 
  • A osteoporose tiver sido diagnosticada por um estudo de densidade óssea.
  • A osteopenia (ossos finos, mas não osteoporose) tiver sido diagnosticada por um estudo de densidade óssea, se tiver ocorrido uma fratura.




Raquitismo

O que é?

Assim como a esteomalacia é uma doença caracterizada pelo defeito de mineralização do osso. Com isso permanece nas crianças até o fechamento das cartilagens de crescimento. O raquitismo é o defeito de mineralização das cartilagens de crescimento na criança e consequentemente apresenta um retardo no crescimento e deformação esquelética. Esse defeito de mineralização óssea pode ocorrer devido algumas razões, são elas: alteração na produção do osteoide, falta de cálcio e/ou fosforo, carência nutricional, deficiência ou incapacidade de absorver e metabolizar a vitamina D, alteração do ph do osso, ou presença de substancias inibidoras de mineralização como por exemplo bisfosfonados, alumínio e flúor.




Sintomas

O individuo que possui essa doença, geralmente apresenta baixa estatura e/ou diminuição da velocidade de crescimento, tem como característica a presença de deformidades esqueléticas (atingindo principalmente antebraço distal, joelhos e junções costocondrais). Os sinais típicos do raquitismo são encontrados em quadros mais avançados e incluem atraso no fechamento das fontanelas, craniotabes, rasário raquítico, isto é, aumento das articulações costocondriais, sulcos de Harriston, causados pela tração dos músculos diafragmáticos nas costelas, aumento do punho, curvatura distal na radio e ulna e curvatura progressiva do fêmur e da tíbia. As alterações dependem da idade, sendo que essas alterações são mais comuns nos membros inferiores das crianças que começam andar.
                                 
                               


Tratamento

O tratamento e prevenção da doença inclui exposição a luz solar e consumo de alimentos que contem vitamina D, cálcio e fosfato, como por exemplo: peixe, fígado e leite processado.