O que é?
Esclerodermia é uma doença inflamatória crônica do tecido conjuntivo,
ligada a fatores autoimunes. Sua principal característica é o
endurecimento (esclero) da pele (dermia), que se torna mais espessa,
brilhante e escura nas áreas afetadas.
Tipos
A enfermidade é mais frequente nas mulheres e pode
ser classificada em esclerodermia localizada, ou em placas, e
esclerodermia sistêmica.
A localizada é mais comum em crianças. As lesões aparecem em pequenas
áreas da epiderme e nos tecidos abaixo delas. De acordo com o aspecto, é
chamada de morféa (manchas) ou linear (em faixas). Raramente evolui
para a esclerose sistêmica.
Na forma sistêmica, a doença agride não só a pele, mas também os
pulmões, rins, esôfago, vasos sanguíneos, articulações, estruturas nas
quais pode provocar fibrose.
Causas
Não se conhece a causa dessa doença considerada reumatológica, que
não é contagiosa nem hereditária, apesar de terem sido registrados casos
em pessoas da mesma família. Existem hipóteses sem confirmação de que
alguns fatores, como temperatura baixa, estresse, exposição a produtos
químicos e a toxinas resultantes de infecção por vírus e bactérias
possam desencadear o processo.
Sintomas
Geralmente, as primeiras alterações se manifestam pelas alterações
de temperatura (fenômeno de Raynaud). As mãos e os pés ficam muito
frios, os dedos inchados, pálidos e arroxeados, porque os vasos
sanguíneos se contraem. Quando a circulação é restabelecida, eles ficam
bem vermelhos antes de voltar à cor normal.
Dor e rigidez nas articulações, aranhas vasculares, feridas nas
pontas dos dedos e depósitos de cálcio na pele podem ser outros sintomas
iniciais da doença.
Na esclerodermia sistêmica, a formação de tecido fibroso e
cicatricial nos vasos, coração, rins, esôfago e pulmões, por exemplo,
acarreta perturbações gástricas, respiratórias, cardiovasculares e
hipertensão.
Diagnóstico
Como os sintomas são comuns a várias doenças do tecido conjuntivo,
é importante estabelecer o diagnóstico diferencial, que se baseia no
levantamento da história do paciente, na avaliação clínica e no exame de
sangue para detectar a presença dos autoanticorpos típicos da doença.
Tratamento
O tratamento varia segundo as características específicas do tipo de
esclerodermia. Via de regra, está voltado para o controle da inflamação,
alívio dos sintomas e para retardar a evolução da doença. Em alguns
casos, são indicados os seguintes medicamentos: antiinflamatórios não
esteroides (AINES), penicilamina, corticosteroides e imunossupressores
como o metotrexate.
Entretanto há casos em que a medicação conhecida não demonstra eficácia e não é usada.
Fisioterapia e uso tópico de produtos para a pele são recursos terapêuticos importantes.
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