terça-feira, 1 de abril de 2014

Raquitismo

O que é?

Assim como a esteomalacia é uma doença caracterizada pelo defeito de mineralização do osso. Com isso permanece nas crianças até o fechamento das cartilagens de crescimento. O raquitismo é o defeito de mineralização das cartilagens de crescimento na criança e consequentemente apresenta um retardo no crescimento e deformação esquelética. Esse defeito de mineralização óssea pode ocorrer devido algumas razões, são elas: alteração na produção do osteoide, falta de cálcio e/ou fosforo, carência nutricional, deficiência ou incapacidade de absorver e metabolizar a vitamina D, alteração do ph do osso, ou presença de substancias inibidoras de mineralização como por exemplo bisfosfonados, alumínio e flúor.




Sintomas

O individuo que possui essa doença, geralmente apresenta baixa estatura e/ou diminuição da velocidade de crescimento, tem como característica a presença de deformidades esqueléticas (atingindo principalmente antebraço distal, joelhos e junções costocondrais). Os sinais típicos do raquitismo são encontrados em quadros mais avançados e incluem atraso no fechamento das fontanelas, craniotabes, rasário raquítico, isto é, aumento das articulações costocondriais, sulcos de Harriston, causados pela tração dos músculos diafragmáticos nas costelas, aumento do punho, curvatura distal na radio e ulna e curvatura progressiva do fêmur e da tíbia. As alterações dependem da idade, sendo que essas alterações são mais comuns nos membros inferiores das crianças que começam andar.
                                 
                               


Tratamento

O tratamento e prevenção da doença inclui exposição a luz solar e consumo de alimentos que contem vitamina D, cálcio e fosfato, como por exemplo: peixe, fígado e leite processado. 




Esclerodermia

O que é?

Esclerodermia é uma doença inflamatória crônica do tecido conjuntivo, ligada a fatores autoimunes. Sua principal característica é o endurecimento (esclero) da pele (dermia), que se torna mais espessa, brilhante e escura nas áreas afetadas.







Tipos

A enfermidade é mais frequente nas mulheres e pode ser classificada em esclerodermia localizada, ou em placas, e esclerodermia sistêmica.
A localizada é mais comum em crianças. As lesões aparecem em pequenas áreas da epiderme e nos tecidos abaixo delas. De acordo com o aspecto, é chamada de morféa (manchas) ou linear (em faixas). Raramente evolui para a esclerose sistêmica.
Na forma sistêmica, a doença agride não só a pele, mas também os pulmões, rins, esôfago, vasos sanguíneos, articulações, estruturas nas quais pode provocar fibrose.

Causas
Não se conhece a causa dessa doença considerada reumatológica, que não é contagiosa nem hereditária, apesar de terem sido registrados casos em pessoas da mesma família. Existem hipóteses sem confirmação de que alguns fatores, como temperatura baixa, estresse, exposição a produtos químicos e a toxinas resultantes de infecção por vírus e bactérias possam desencadear o processo.

Sintomas

Geralmente, as primeiras alterações se manifestam pelas alterações de temperatura (fenômeno de Raynaud). As mãos e os pés ficam muito frios, os dedos inchados, pálidos e arroxeados, porque os vasos sanguíneos se contraem. Quando a circulação é restabelecida, eles ficam bem vermelhos antes de voltar à cor normal.
Dor e rigidez nas articulações, aranhas vasculares, feridas nas pontas dos dedos e depósitos de cálcio na pele podem ser outros sintomas iniciais da doença.
Na esclerodermia sistêmica, a formação de tecido fibroso e cicatricial nos vasos, coração, rins, esôfago e pulmões, por exemplo, acarreta perturbações gástricas, respiratórias, cardiovasculares e hipertensão.




Diagnóstico
 
Como os sintomas são comuns a várias doenças do tecido conjuntivo, é importante estabelecer o diagnóstico diferencial, que se baseia no levantamento da história do paciente, na avaliação clínica e no exame de sangue para detectar a presença dos autoanticorpos típicos da doença.

Tratamento 

O tratamento varia segundo as características específicas do tipo de esclerodermia. Via de regra, está voltado para o controle da inflamação, alívio dos sintomas e para retardar a evolução da doença. Em alguns casos, são indicados os seguintes medicamentos: antiinflamatórios não esteroides (AINES), penicilamina, corticosteroides e imunossupressores como o metotrexate.
Entretanto há casos em que a medicação conhecida não demonstra eficácia e não é usada.
Fisioterapia e uso tópico de produtos para a pele são recursos terapêuticos importantes.

Hérnia de Disco

O que é?
A coluna vertebral é composta por vértebras, em cujo interior existe um canal por onde passa a medula espinhal ou nervosa. Entre as vértebras cervicais, torácicas e lombares, estão os discos intervertebrais, estruturas em forma de anel, constituídas por tecido cartilaginoso e elástico cuja função é evitar o atrito entre uma vértebra e outra e amortecer o impacto.
Os discos intervertebrais desgastam-se com o tempo e o uso repetitivo, o que facilita a formação de hérnias de disco, ou seja, parte deles sai da posição normal e comprime as raízes nervosas que emergem da coluna. O problema é mais frequente nas regiões lombar e cervical, por serem áreas mais expostas ao movimento e que suportam mais carga.


Causas

Predisposição genética é a causa de maior importância para a formação de hérnias discais, seguida do envelhecimento, da pouca atividade física e do tabagismo. Carregar ou levantar muito peso também pode comprometer a integridade do sistema muscular que dá sustentação à coluna vertebral e favorecer o aparecimento de hérnias discais.

Sintomas

A hérnia de disco pode ser assintomática ou, então, provocar dor de intensidade leve, moderada ou tão forte que chega a ser incapacitante.
Os sintomas são diversos e estão associados à área em que foi comprimida a raiz nervosa. Os mais comuns são: parestesia (formigamento) com ou sem dor; dor na coluna; na coluna e na perna (e/ou coxa); apenas na perna ou na coxa; na coluna e no braço; apenas no braço.
Prevenção

Desenvolver hábitos saudáveis de vida e que estejam de acordo com as normas básicas estabelecidas pela Ergonomia, tais como: prática regular de atividade física, realização de exercícios de alongamento e de exercícios para fortalecer a musculatura abdominal e paravertebral, e postura corporal correta são medidas importantes para prevenir as doenças da coluna.
Tratamento

As hérnias de disco localizadas na coluna lombar, em geral, respondem bem ao tratamento clínico conservador. O quadro reverte com o uso de analgésicos e antiinflamatórios, se a pessoa fizer um pouco de repouso e sessões de fisioterapia e acupuntura. Em geral, em apenas um mês, 90% dos portadores dessas hérnias estão aptos para reassumir suas atividades rotineiras.
Hérnias de disco na coluna cervical podem surgir diretamente nessa região ou serem provocadas por alteração na curvatura e posicionamento da coluna vertebral durante a crise da hérnia lombar. A escolha do tratamento, se cirúrgico ou não cirúrgico, considera a gravidade dos sintomas e o déficit motor. A cirurgia só é indicada quando o paciente não responde ao tratamento conservador e nos casos de compressão do nervo exercida por parte do disco que extravasou, pois corrigido esse defeito mecânico a dor desaparece completamente.


Recomendação

  • Evite todos os excessos que facilitam a instalação das hérnias de disco: excesso de peso, de bebidas alcoólicas, de exercícios físicos, de cigarro;
  • Procure manter a postura correta quando sentado ou em pé;
  • Não se esqueça de que vida sedentária é responsável não só pela formação de hérnias de disco, mas por muitos outros problemas de saúde;
  • Informe-se sobre o tipo de atividade física indicada para sua faixa de idade;
  • Suspenda os exercícios se os sintomas voltarem e procure assistência médica imediatamente;
  • Siga as recomendações médicas depois da cirurgia para evitar que nova hérnia se forme naquele local. 

Doença de Ollier

O QUE É?

A doença de Ollier ou encondromatose múltipla é um defeito não hereditário, caracterizado pela presença de massas circunscritas de cartilagem, dispostas de forma linear no interior dos ossos.


ASPECTOS CLÍNICOS

Os ossos afetados costumam ser arqueados e encurtados, com alargamento das regiões metafisárias. Os ossos mais afetados são o fêmur e a tíbia
Os sinais de encondromatose manifestam-se desde cedo na infância. O acometimento dos ossos dos membros inferiores pode ocasionar um joelho varo de muitos graus. O acometimento leva a um encurvamento dos ossos longos, com ápice da curva na região metafisária. Quando as mãos são afetadas, o progressivo aumento de volume dos dedos pode ser a primeira queixa. Os dedos costumam se apresentar de forma grotesca e com uso funcional prejudicado


Radiografias mostrando o aspecto das múltiplas lesões
da enfermidade de Ollier. Note a deformidade do úmero (A)
e do fêmur, da tíbia e da fíbula (B), além das lesões
encondromatosas múltiplas
.
TRATAMENTO

O tratamento envolve processos como curetagem e enxertia das lesões que estejam causando deformidade importante, principalmente nos membros inferiores. As osteotomias da extremidade proximal da tíbia ou distal do fêmur são muitas vezes necessárias para corrigir as deformidades. Em geral evoluem para consolidação. Muitas vezes são utilizadas as técnicas de alongamento, juntamente com a correção do alinhamento, principalmente nos membros inferiores. Atualmente, com a utilização dos fixadores externos, abre-se uma nova perspectiva no tratamento dessas lesões múltiplas. Não indicamos a epifisiodese do membro contralateral na tentativa de equalização, por acharmos que essa técnica pode acentuar a baixa estatura que é comum nesses pacientes, além de ser técnica de resultados controvertidos.




Artrose

O que é?

A artrose é também conhecida como osteoartrite, osteoartrose ou artrite degenerativa, é a forma mais comum de artrite (inflamação da articulação).
É uma doença degenerativa e não inflamatória, que afeta as articulações, causando dor e incapacidade progressiva, e pode levar à destruição da articulação e até causar a sua deformidade. 
Na fase inicial da artrose a cartilagem torna-se mais áspera, aumentando o atrito durante a movimentação da articulação. A artrose grave surge quando a cartilagem é completamente destruída, fazendo com que o atrito entre os dois ossos cause desgaste dos mesmos.






O que causa?

As causas da artrose podem ser:
  • Desgaste natural das articulações devido ao excesso de uso, envelhecimento ou desgaste causado pela prática de exercícios intensos
  • Excesso de peso, que aumenta a dor principalmente nas articulações das pernas e da coluna lombar
  • Uso repetitivo, tanto no trabalho como ao praticar atividade física
  • Alterações hormonais, que acontece com maior frequência em mulheres após a menopausa
  • Articulações frouxas, que acontece com pessoas muito flexíveis, como as atletas de ginástica rítmica, por exemplo
  • Traumatismo, que acontece através de fraturas, torções ou pancada direta sobre a articulação

  A artrose pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum após os 50 anos de idade.

Sintomas

Os sintomas mais comuns da artrose são: Dor e rigidez nas articulações. Muitas vezes a dor aumenta depois de exercícios e quando peso ou pressão são colocados na articulação. 

Suas articulações ficam mais rígidas e duras de mover com o tempo. Ao mover as articulações você poderá perceber um som de fricção, atrito ou estalido.

A frase "rigidez matutina" refere-se à dor e à rigidez que as pessoas sentem quando se levantam pela manhã. A rigidez geralmente dura no máximo 30 minutos. Ela melhora com atividades leves que "aqueçam" a articulação.
Durante o dia, a dor pode piorar com a atividade e melhorar quando você estiver descansando. Mas depois de um tempo, a dor pode voltar, mesmo se você estiver em repouso.
Algumas pessoas não apresentam sintomas, embora as radiografias mostrem as alterações da artrose.

Tratamento

O tratamento para artrose pode variar de acordo com a queixa apresentada pelo indivíduo, geralmente recomenda-se medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios, infiltrações com corticoides, fisioterapia e as vezes, cirurgia dependendo da gravidade da doença.
Além disso, é importante manter bons hábitos como fazer uma alimentação equilibrada, beber bastante água e só praticar exercícios sob orientação de um educador físico ou fisioterapeuta.


                                               Artrose x Artrite